Cadências Musicais e Graus do Campo Harmônico
É importante conhecer os acordes do campo harmônico, isto porque no decorrer da música, fatalmente ela vai passar pelos acordes do campo harmônico.
Para isso, é importante termos um conhecimento prévio de quais são as dominantes das notas musicais. Abaixo segue uma tabela com uma relação das dominantes e tônicas, nos tons mais utilizados.
Grau V7 (Dominante) Grau I (Tônica) Tom
G7 C ou Cm Dó Maior ou Dó menor
A7 D ou Dm Ré Maior ou Ré menor
B7 E ou Em Mi Maior ou Mi menor
C7 F ou Fm Fá Maior ou Fá menor
D7 G ou Gm Sol Maior ou Sol menor
E7 A ou Am Lá Maior ou Lá menor
F#7 B ou Bm Si Maior ou Si menor
F7 Bb ou Bbm Sib Maior ou Sib menor
É importante também que no instrumento harmônico (violão, piano,...) tenhamos a fluência de saber localizar essas duplas (dominantes e tônicas) em cada tom.
Caminhos harmônicos, que passam pelos graus:
Grau I: A música pode sair do grau I, ir para o dominante primário V/I, e cair no grau I novamente.
Ex: C7M – G7 – C7M
Grau II: A música pode sair do grau I, ir para o dominante secundário V/II, e cair no grau II. Depois pode ir para o V/I, e cair no grau I novamente.
Ex: C7M – A7 – Dm7 – G7 – C7M
Note que estamos saindo inicialmente do grau I para o V/II, ou seja, no nosso exemplo estamos indo do C7M para o A7 (que é a dominante do grau II – Dm7). Este acorde (A7) tem como nota característica a 3ª maior (C#), que é a nota que está indicando esse caminho harmônico. Observe que essa nota característica é uma nota estranha à escala de Dó Maior. De fato, o acorde A7 pertence às escalas de Ré Maior e Ré menor.
Grau III: A música pode sair do grau I, ir para o dominante secundário V/III, e cair no grau III. Depois pode ir para o V/I, e cair no grau I novamente.
Ex: C7M – B7 – Em7 – G7 – C7M
Note que este acorde (B7) tem como nota característica a 3ª maior (D#), que é a nota que está indicando esse caminho harmônico.
Observe que essa nota característica é uma nota estranha à escala de Dó Maior. De fato, o acorde B7 pertence às escalas de Mi Maior e Mi menor.
Grau IV: A música pode sair do grau I, ir para o dominante secundário V/IV, e cair no grau IV. Depois pode ir para o IVm, que é um acorde de empréstimo da escala menor, e que fica bem harmonicamente após o grau IV, e depois cair no grau I novamente.
Ex: C7M – C7 – F7M – Fm7 – C7M
Note que este acorde (C7) tem como nota característica a 7ª menor (Bb), que é a nota que está indicando esse caminho harmônico.
Observe que essa nota característica é uma nota estranha à escala de Dó Maior. De fato, o acorde C7 pertence às escalas de Fá Maior e Fá menor.
Grau V: Este caminho utiliza dominantes consecutivas, e é parecido com o do grau II, só que em vez de passar pelo IIm, passa pelo II7.
Ele sai do grau I, vai para o dominante secundário V/II, depois vai para o dominante secundário V/V, depois vai para o dominante primário V/I, e volta ao grau I.
Ex: C7M – A7 – D7 – G7 – C7M
Note que, assim como aconteceu com o grau II, o acorde (A7) tem como nota característica a 3ª maior (C#), que é a nota que está indicando esse caminho harmônico do grau V.
Grau VI: A música pode sair do grau I, ir para o dominante secundário V/VI, e cair no grau VI. Depois pode ir para o V/I, e cair no grau I novamente.
Ex: C7M – E7 – Am7 – G7 – C7M
Note que este acorde (E7) tem como nota característica a 3ª maior (G#), que é a nota que está indicando esse caminho harmônico.
Observe que essa nota característica é uma nota estranha à escala de Dó Maior. De fato, o acorde E7 pertence às escalas de Lá Maior e Lá menor.
Conclusão: A combinação de caminhos harmônicos é infindável, e não poderia ser diferente, pois novas composições musicais podem trazer combinações harmônicas novas, que nunca foram pensadas.
Comentários
Postar um comentário